This historic book may have numerous typos and missing text. Purchasers can usually download a free scanned copy of the original book (without typos) from the publisher. Not indexed. Nao ilustrado. 1866 edition. Excerto: ...ao consistorio, nao duvidara deixar a espada em poder do porteiro; que eu bem sabia que elle era cavalleiro do Tosao, e podia contentar-me com tal exemplo, e seguil-o. Retorqui ao conselheiro que a ordem do Tosao, com quanto illustre, nao fruia os privilegios que os papas e outros principes haviam conferido as ordens militares. E, que tendo eu a honra de professar uma d'estas, nao cabia em meu arbitrio despojar-me d'ella, entregando a espada, da qual nem o rei propriamente podia privar-me, salvo sendo eu culpado de crime de lesa magestade. Em fim, disse eu gracejando, mais facilmente prescindo passar sem a mulher que sem a espada: uma posso renuncial-a, a outra nao. - O conselheiro irritado pelo gracejo, ou cancado de mensagens me disse de ma sombra: Espanta-me que o senhor pretenda ser preferido ao conde de Sinzendorf, e nao distinga entre pessoas Respondi: -As distinccoes nao esta o senhor conselheiro no caso de as fazer: nao e o cavalheiro de Oliveira que contende com o conde: e a ordem de Christo com a do Tosao. Faz-me muito favor se se dignar participar isto ao snr. bispo. - O bispo, depois, mandou-me entrar n'um quarto, onde estive sosinho uma boa hora. Em seguida, mandou-me ir ao consistorio, e prestar juramento, com a espada a cinta. Desculpou-se do acontecido dizendo que ignorava ou se tinha esquecido de que a ordem de Christo era militar...- Desta infatuada narrativa, passava Francisco Xavier a contar os escandalosos amores de D. Luiz da Cunha, anciao de oitenta annos, ministro de Portugal em Paris, o qual se apaixonara na Haya por uma snr. Salvador, judia, pertencente a uma familia hebraica estabelecida em...