1-A BOLA DO AMOR A bola era a do amor... Chutei-a em direcao a ela: A galharda e belissima menina Que flechou meu coracao. Ela, de volta, Chutou a mesma bola para mim Tao forte e alto Que tive que correr atras dela, Ate finalmente conseguir Domina-la com categoria. Ou seja, matei no peito, Coloquei-a no chao, E, dessa vez, Dei um leve toque em direcao a ela. A beldade, percebendo entao Que eu era habilidoso, Nao quis mais me testar: Retribui-me, com a mesma gentileza, Dando tambem, Outro leve toque na mesma Em minha direcao. Adendo explicativo - {A verdade e que, nesse campo, no campo das possibilidades do amor, o que vale e a troca de olhares e tambem a nobreza dos gestos.} Assim sendo, Dominei outra vez a bola, Levantei-a, Fiz algumas embaixadas, Joguei para o alto, Matei no peito, Depois na coxa, Fiz mais algumas firulas... (quis me mostrar para ela - os homens sao assim...) Entretanto, dada essa demora No repasse da bola, Ela, linda e exuberante, Sorrindo, ja louca para me beijar, Disse-me: "O..., ve se passa logo essa bola " Eu, mais que imediatamente, Logo a obedeci (pois nao se deve contraria-las quando num ritual de acasalamento), Dado que, afinal, Segundo meus calculos, Eu ja tinha conseguido Conquistar a "bela dama." Lancei, entao, Outra vez, A bola do amor em direcao a ela... Ela, a bela dama e/ou bela dona, (essa foi uma das melhore peladas da minha vida ) Depois de te-la dominado, Veio correndo, lepida, Com a bola do amor dominada Em direcao a mim e, Exalando desejo e volupia, fez, Comecando com um Longo beijo molhado e ardente, Um lindo gol (daqueles ditos "de placa," que fazem o maracana vibrar), Bem no angulo esquerdo do meu coracao.